sábado, 26 de julho de 2014

Amar

Há... o amor...
Será se existe ou não passa de algo na imaginação das pessoas.
Não conseguimos tocá-lo.
Por mais que não aceitamos, tem tempo determinado para iniciar e acabar...
Da forma que vem, ele vai...
Quando se tem um amor, junto com ele vem a dor...
Talvez a dor da ânsia de quem ama é o preço a ser pago...

Há... a escolha...
Não amar... Exibir a mastro que amar alguém no sentido "eros" realmente não existe?
Aplicar o comando mental que o amor "eros" trata-se de uma insegurança emocional que te leva à necessidade de encontrar na outra pessoa o que te preenche e supre...
Manter o foco em outras áreas e não dar tempo para pensar em alguém?
Quando pensar em alguém debruçar-se sobre um livro de táticas de guerra e deixar o tempo passar?

Há... a compreensão...
Compreender que amar é uma necessidade humana imposta desde os primórdios da humanidade...
Deixar qualquer conceito e mergulhar na ânsia de amar...
Amar e amar...
Amar e sofrer...
Amar e viver...
Amar e esperar o tempo passar...
Será?
Será que realmente vale a pena amar?
Será que de fato existe este verbo amar?

De fato, eu não sei.

 by Fábia Braga.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

O SILÊNCIO.

O silêncio. O silêncio é uma arte. Uma arte que não é dominada por todos. O ser humano, em sua necessidade de dar a resposta final perdeu a sensibilidade e o conceito de silenciar-se. O silêncio é a oração dos sábios. Quando optamos por silenciarmos em nosso recôndito, não perdemos tempo em debates fúteis. Em uma discussão, quem silencia com sabedoria leva o outro a perder a razão no território da insanidade de dar a resposta final. O homem (no sentido generalizado) desenvolveu a necessidade de fazer de qualquer "pingo d´água" uma tempestade e esta tempestade (desnecessária) sempre é iniciada por palavras. A consequência é imprevisível. Jesus Cristo quando foi levado e acusado perante Pilatos, não respondeu. Silenciou-se com sabedoria. O ser humano em geral tem a necessidade de responder todas as acusações reagindo com palavras. Quem reage não tem o controle da situação. Quem age, sim, domina a si próprio e a situação o qual está inserido. Silenciar-se é dominar a sí próprio e dominar a situação. Quem evita dizer tudo que tem vontade raramente se arrepende de magoar alguém com palavras ásperas e impensadas. O silêncio nos momentos críticos é sinal de poder. Silenciar-se após ofender e magoar alguém, ignorando a existência da pessoa ora ofendida é sinal de fraqueza, insanidade, maldade e covardia. Neste caso, faz-se necessário a pronuncia de uma das palavras mais belas que existe "perdoa-me". Palavra esta, que está em desuso pela humanidade. Gandhi certa vez disse que "Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: Trabalha continuamente, mas em silêncio." É mais fácil convencermos pessoas com atitudes do que com palavras. É mais fácil vencermos batalhas com atitudes do que com discussões onde se dissipa energia. Em nossa efêmera existência, em tudo precisamos encontrar o ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio é a força motriz do controle em qualquer processo de articulação. Quando um dos mais belos felinos, o tigre, está prestes a atacar a sua presa, ele se concentra no foco. Mantêm silêncio. Ninguem o ouve. Ele não se precipita em rugir. Em silêncio, mantendo o ponto de equilíbrio, ele espera a hora exata. Como manteve silêncio, economizou energia. E na hora exata, ele é ágil e veloz. Falar é uma escolha. Não uma exigência. Devemos falar no momento certo. Xenócrates, 300 anos antes de Cristo disse: "Arrependo-me de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio". Há momentos de falar... Há momentos de silenciar. O silêncio é um excelente companheiro. Quando o praticamos, aprendemos a nos recolher em nosso recôndito, e é exatamente neste recôndito que nos discernimos e passamos a nos conhecer melhor. Neste auto conhecimento, fazemos um auto diagnóstico de nossa existência e aprendemos a viver melhor, aprendemos a valorizar mais as pessoas que conhecemos e, consequentemente, iniciamos um romance com a nossa própria vida. Nossa efêmera existência é como um palco. Neste palco, não podemos ficar sentados observando o espetáculo da vida passar... Temos que ser autores principais e saber a hora de encerrar capítulos, reeditar capítulos e iniciar capítulos. Desenvolvemos este aprendizado no silêncio do nosso recôndito onde nos conhecemos melhor e aprendemos a lidar com nosso ser. Como disse Sartre, "Existência clama por significado". by Fábia Braga.