sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cogito, ergo sum

No mundo atual, encontramos pessoas doentes e que se sentem vítimas da realidade. Quando não há problemas, o ser humano em sua criatividade, tenta criá-los, até mesmo para chamar a atenção. Criaram-se vários nomes para dar mais complexidade e atenção a algo que pode ser resolvido de uma maneira simples.

Existe uma necessidade de seguir os padrões impostos pela sociedade e esta necessidade somente pode ser aceita, administrada ou recusada, a partir do raciocínio lógico. A lógica tem sido abandonada no canto do palco da existência, e no lugar desta, os  livros de auto ajuda impõe o "ser emocional" como ator principal. Não estou criticando os livros de auto-ajuda. Estou chamando a atenção à necessidade da aplicação lógica para sobrevivência do ser humano. Estou chamando a atenção para quem deve estar como ator principal no palco da existência, o nosso "eu" alicerçado em pensamentos saudáveis. 

É no Pensamento que articularmos nossas idéias que irão dirigir nossas ações.  O pensamento é uma atividade mental associada com o processamento, a compreensão e a comunicação da informação. O pensamento nem sempre pode resultar em uma ação. Tudo o que fazemos pensamos, mas nem tudo que pensamos fazemos. 

Em seu "Discurso do Método", René de Descartes escreveu a célebre frase (Cogito ergo sum) - "Penso,  logo existo". Descartes pretendia fundamentar o conhecimento humano e para isto, colocou em dúvida todo conhecimento aceito como correto e verdadeiro. Ao colocar em choque os conhecimentos, concluiu que apenas poderia ter certeza do que duvidava. Se duvidava, necessariamente era porque pensava, se pensava, oras, era porque existia. Por meio de um complexo raciocínio baseado em premissas e conclusões logicamente necessárias, Descartes então concluiu que podia ter certeza de sua existência porque pensava.

Sem dúvida o pensamento é uma argumentação lógica perfeita que Aristóteles chamou de Silogismo.

Quando não nos sentimos bem em relação a algo que logicamente nos incomoda, podemos questionar em nosso pensamento da necessidade deste "ponto nevrálgico".  Questionando com racionalidade, podemos com racionalidade rejeitá-lo. Se nossa mente (no pensamento) der um comando de rejeição, nossas atitudes irão seguir este comando. Logo, iremos nos desvencilhar de algo que nos faz mal.  Parece complicado? Não. É a simplicidade da vida. A vida é simples. Nós que a complicamos.  Procuramos livros e teorias para complicá-la. Precisamos entender o quanto é fácil termos "domínio próprio" uma vez que o mesmo tem como fato gerador "os nossos pensamentos". É uma questão de um exercício diário.  É uma questão de choque de gestão em nossos conhecimentos e nos "coisas" que nos são impostas como "verdadeiras".

O ideal é sempre aplicarmos a "arte da dúvida" em relação a tudo que nos incomoda. Desta forma, em nosso recôndito, iremos tomar sábias decisões para recusar o que nos faz mal e nos aproximarmos do que nos agrega valor. 

Penso, logo existo.  Não é uma questão de opção, mas sim, de necessidade.

by Fábia Braga.

Um comentário:

  1. Cara Fabia. Parabens pelo seu texto!
    Alem de servir de fonte para uma reflexão importante e urgente para nossa sociedade desviada por valores duvidosos, foi escrito de modo claro e direto, facilitando a leitura e a absorção de suas ideias!
    Um grande abraço!
    More Ventura.

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