domingo, 8 de janeiro de 2012

Auto-Conhecimento.

O auto-conhecimento é um processo crucial em qualquer situação na vida onde temos objetivos pré-estabelecido.  É o auto-conhecimento que  que nos faz reconhecermos nossas fortalezas e nossas fraquezas. O auto-conhecimento desenvolve nossa dedicação e resiliência que não nos deixa se abater diante dos obstáculos.

Antes de se preparar para qualquer ataque, um tigre sabe exatamente quais são os seus pontos fortes e fracos, ou seja, suas fortalezas e suas fraquezas. Apesar de possuir um olhar tão assustadoramente penetrante, a visão não é o seu sentido mais aguçado. Por enxergar mal, os tigres desenvolveram a audição, capaz de perceber presas a grandes distâncias, localizá-las e reconhecê-las. O tigre sabe também que é um bom nadador e por isso nenhum rio ou lago é um obstáculo entre ele e sua presa.  Conhece o seu tamanho, o poder de suas mandíbulas, seu imenso vigor físico e a força mortal de suas patadas. O que o tigre sabe intuitivamente sobre si mesmo - seu auto-conhecimento - é essencial para ele ocupar o topo da cadeia alimentar em seu território.

Na vida, as coisas funcionam da mesma maneira: se não tivermos plena consciência do nosso potencial e de nossas limitações, seremos presa e não predadores.

Viver exige racionalidade. Muitos criam argumentos para justificarem porque não atingem objetivos. Tais pessoas nunca saem da zona de conforto. E sair da zona de conforto é um ponto crucial para amadurecimento e eficácia ao atingirmos nossas metas, sejam elas quais forem. Racionalidade enxerga alguns pontos que são tão aplaudidos pela humanidade através de um outro prisma. 

Quem vive na zona de conforto, vive respaldado na esperança - "espera dentro da zona de conforto que aquilo que ele quer bata a sua porta". A racionalidade é: "Não vai bater". Para bater à sua porta é necessário sair da inércia. Outros, vivem respaldado que tudo depende da sorte - "nunca" - Oportunidades devem ser construídas. Alguns se justificam que não tem talento para alguma ou outra atividade, para isto, existe uma bela receita "estudo" e "trabalho". Ou seja, sair da inércia e obviamente da zona de conforto. Outras pessoas, justificam-se pela integridade. Acham que para se sair bem no mundo atual necessariamente tem que deixar de ser íntegro. Lembro-me que no ano 2011 eu estava palestrando em uma faculdade para alunos dos cursos de administração de empresas, TI e aviação civil, e estava falando sobre empresas que sobrevivem no mercado. Um aluno pediu a palavra e diante do que eu estava expondo, me perguntou - "Onde fica a ética". Gentilmente, eu sorri para ele e disse, "Para outra palestra cujo tema não seja este". 

Uma dica para termos sucesso em nossa vida é agirmos como um caçador. Temos que encarar nossos objetivos da mesma maneira que os grandes predadores da selva encaram suas presas e com a mesma eficiência quando chega ao ataque.

E então, conseguimos entender quais são nossas fortalezas e quais são nossas fraquezas.  O que fazer com as fraquezas?  Há uma corrente partidária da tese de gestão de pessoas que diz que a nossa energia deve ser investida somente no aprimoramento das nossas qualidades. Eu contesto!  Em contrapartida eu acredito que que quando trabalhamos nossas fraquezas indiretamente estamos acelerando o nosso avanço. Claro que temos que dar ênfase em nossas fortalezas e polir nossas armaduras diariamente. Temos que ser bons naquilo que fazemos, mas jamais, podemos desprezar aquilo no qual somos fracos. Eu gosto de chamar nossas fraquezas de ponto de controle. Estes, se não trabalhados e se não tornados em pontos fortes, irão se tornar pontos nevrálgicos. 

Temos exemplos nas Sagradas Escrituras de pessoas que para atingir o seu objetivo tiveram que sair da zona de conforto e da inércia. Um exemplo foi de Josué quando juntamente com o povo de Israel recebeu a direção de Deus para tomar Jericó. Josué não ficou esperando que algo acontecesse e Jericó se rendesse ao exército de Israel. Houve atitude. Conforme orientação de Deus, rodearam a cidade durante sete dias, e no sétimo dia, por sete vezes. Ai sim, as muralhas ruíram. Quando as muralhas ruíram, eles não entraram desfilando e tomaram a cidade. Pelo contrário, quando as muralhas ruíram pelo poder de Deus que percebeu que o seu povo havia saído da inércia e da zona de conforto, ai sim, iniciou - se a guerra.  Josué tinha auto-conhecimento e ele sabia que para atingir o seu objetivo como sucessor de Moisés, de levar o povo de Israel a terra prometida, ele não poderia ficar um minuto na inércia e na zona de conforto. Resultado: Jericó foi completamente tomada pelo exército de Israel. Deus era com Josué e sua fama corria por toda parte. Josué havia chamado a atenção de Deus. Porque? Porque ele não se conformava com a zona de conforto e isto atrai o coração de Deus. Quem não vive na zona de conforto, torna-se predador! Quem é predador, não tem tempo para inércia.

Fica a dica, todos nós temos objetivos. Para atingi-los, precisamos nos auto-conhecer. Após isto, deixar de fato que a inércia faça parte da nossa vida e sair completamente da zona de conforto. Temos que ter em mente que os vencedores são aqueles que vencem a inércia de seus cérebros.

by Fábia Braga.

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