segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Selva Corporativa.

No universo corporativo é necessário ter garra e precisão ao definir os objetivos a serem alcançados. Além de definir o objetivo, é de vital importância a definição da estratégia para atingi-lo. Mesmo quando o momento econômico é favorável, as empresas tem que estar em constante processo de adaptação, analisando linhas de negócios, agregando valores aos seus serviços e produtos. Avançando em outros territórios. 

Quando a economia cresce, as corporações tendem-se a pensar que haverá abundância na selva, porém, é necessário a compreensão que este crescimento atrai predadores. Consequentemente se o foco for apenas o crescimento econômico e deixar de lado os predadores, a corporação poderá entrar em possíveis contingências. Além de lidar com o crescimento, é necessário saber lidar com os predadores para que a empresa ou a corporação não vire presa.

Logo, uma empresa para atingir o sucesso (que é algo ilimitado), é necessário profundo auto-conhecimento de suas fortalezas e de suas fraquezas.

Muitas empresas tendem ao declínio em detrimento de seus líderes gostarem de ficar sempre na zona de conforto.  Optando-se por permanecer na zona de conforto, a tendência predominante é a inércia.

Para fazer diferença na selva empresarial é de extrema importância o abandono da zona de conforto e da inércia. Assim como no território do tigre só cabe um predador, as empresas tem que tomar a decisão em ser predador ou caça.

A inercia é natural dos seres vivos. Ela leva as corporações (que são formadas por pessoas) a procurar prazer e fugir do desconforto. Ou seja, nunca correr riscos. Este refúgio leva as pessoas e corporações a se estagnarem.

O mundo dos negócios é como o mundo natural: quem não evolui desaparece. Muitos ficam esperando uma grande oportunidade, ressalto que as oportunidades tem que ser construídas.

Na selva  corporativa temos que agir como caçadores. Isso significa encarar  os objetivos da mesma maneira que  os grandes predadores da selva encaram suas presas e com a mesma eficiência quando chega o momento do ataque. Para tanto é necessário preparação. Para essa preparação é preciso ter consciência das  fortalezas e fraquezas, ou seja desenvolver um senso apurado de auto-conhecimento. 

Ter foco ao definir o objetivo,  ter dedicação extrema, incansável e eficiente são ferramentas que evitam a inércia.  

Antes de se preparar para um ataque um tigre sabe exatamente quais são  os seus pontos fortes e seus pontos fracos, ou seja, suas fortalezas e suas fraquezas.

Um tigre sabe intuitivamente sobre si mesmo. Seu auto-conhecimento é essencial para que ele ocupe o topo da cadeia alimentar em seu território. No mundo corporativo as coisas funcionam da mesma maneira: se a empresa tiver  plena consciência  de seu potencial e de suas limitações, capacidade para sair da zona de conforto, aprimorar suas habilidades, ter dedicação extrema, será predador em seu território e não presa.

by Fábia Braga.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Auto-Conhecimento.

O auto-conhecimento é um processo crucial em qualquer situação na vida onde temos objetivos pré-estabelecido.  É o auto-conhecimento que  que nos faz reconhecermos nossas fortalezas e nossas fraquezas. O auto-conhecimento desenvolve nossa dedicação e resiliência que não nos deixa se abater diante dos obstáculos.

Antes de se preparar para qualquer ataque, um tigre sabe exatamente quais são os seus pontos fortes e fracos, ou seja, suas fortalezas e suas fraquezas. Apesar de possuir um olhar tão assustadoramente penetrante, a visão não é o seu sentido mais aguçado. Por enxergar mal, os tigres desenvolveram a audição, capaz de perceber presas a grandes distâncias, localizá-las e reconhecê-las. O tigre sabe também que é um bom nadador e por isso nenhum rio ou lago é um obstáculo entre ele e sua presa.  Conhece o seu tamanho, o poder de suas mandíbulas, seu imenso vigor físico e a força mortal de suas patadas. O que o tigre sabe intuitivamente sobre si mesmo - seu auto-conhecimento - é essencial para ele ocupar o topo da cadeia alimentar em seu território.

Na vida, as coisas funcionam da mesma maneira: se não tivermos plena consciência do nosso potencial e de nossas limitações, seremos presa e não predadores.

Viver exige racionalidade. Muitos criam argumentos para justificarem porque não atingem objetivos. Tais pessoas nunca saem da zona de conforto. E sair da zona de conforto é um ponto crucial para amadurecimento e eficácia ao atingirmos nossas metas, sejam elas quais forem. Racionalidade enxerga alguns pontos que são tão aplaudidos pela humanidade através de um outro prisma. 

Quem vive na zona de conforto, vive respaldado na esperança - "espera dentro da zona de conforto que aquilo que ele quer bata a sua porta". A racionalidade é: "Não vai bater". Para bater à sua porta é necessário sair da inércia. Outros, vivem respaldado que tudo depende da sorte - "nunca" - Oportunidades devem ser construídas. Alguns se justificam que não tem talento para alguma ou outra atividade, para isto, existe uma bela receita "estudo" e "trabalho". Ou seja, sair da inércia e obviamente da zona de conforto. Outras pessoas, justificam-se pela integridade. Acham que para se sair bem no mundo atual necessariamente tem que deixar de ser íntegro. Lembro-me que no ano 2011 eu estava palestrando em uma faculdade para alunos dos cursos de administração de empresas, TI e aviação civil, e estava falando sobre empresas que sobrevivem no mercado. Um aluno pediu a palavra e diante do que eu estava expondo, me perguntou - "Onde fica a ética". Gentilmente, eu sorri para ele e disse, "Para outra palestra cujo tema não seja este". 

Uma dica para termos sucesso em nossa vida é agirmos como um caçador. Temos que encarar nossos objetivos da mesma maneira que os grandes predadores da selva encaram suas presas e com a mesma eficiência quando chega ao ataque.

E então, conseguimos entender quais são nossas fortalezas e quais são nossas fraquezas.  O que fazer com as fraquezas?  Há uma corrente partidária da tese de gestão de pessoas que diz que a nossa energia deve ser investida somente no aprimoramento das nossas qualidades. Eu contesto!  Em contrapartida eu acredito que que quando trabalhamos nossas fraquezas indiretamente estamos acelerando o nosso avanço. Claro que temos que dar ênfase em nossas fortalezas e polir nossas armaduras diariamente. Temos que ser bons naquilo que fazemos, mas jamais, podemos desprezar aquilo no qual somos fracos. Eu gosto de chamar nossas fraquezas de ponto de controle. Estes, se não trabalhados e se não tornados em pontos fortes, irão se tornar pontos nevrálgicos. 

Temos exemplos nas Sagradas Escrituras de pessoas que para atingir o seu objetivo tiveram que sair da zona de conforto e da inércia. Um exemplo foi de Josué quando juntamente com o povo de Israel recebeu a direção de Deus para tomar Jericó. Josué não ficou esperando que algo acontecesse e Jericó se rendesse ao exército de Israel. Houve atitude. Conforme orientação de Deus, rodearam a cidade durante sete dias, e no sétimo dia, por sete vezes. Ai sim, as muralhas ruíram. Quando as muralhas ruíram, eles não entraram desfilando e tomaram a cidade. Pelo contrário, quando as muralhas ruíram pelo poder de Deus que percebeu que o seu povo havia saído da inércia e da zona de conforto, ai sim, iniciou - se a guerra.  Josué tinha auto-conhecimento e ele sabia que para atingir o seu objetivo como sucessor de Moisés, de levar o povo de Israel a terra prometida, ele não poderia ficar um minuto na inércia e na zona de conforto. Resultado: Jericó foi completamente tomada pelo exército de Israel. Deus era com Josué e sua fama corria por toda parte. Josué havia chamado a atenção de Deus. Porque? Porque ele não se conformava com a zona de conforto e isto atrai o coração de Deus. Quem não vive na zona de conforto, torna-se predador! Quem é predador, não tem tempo para inércia.

Fica a dica, todos nós temos objetivos. Para atingi-los, precisamos nos auto-conhecer. Após isto, deixar de fato que a inércia faça parte da nossa vida e sair completamente da zona de conforto. Temos que ter em mente que os vencedores são aqueles que vencem a inércia de seus cérebros.

by Fábia Braga.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Arte da dúvida.

Muitas vezes criamos dogmas que nos cercam. Estes dogmas são subprodutos de experiências que vivenciamos e que servem como uma muralha em um processo de auto-blindagem. Quando estamos no auge desta criação com o argumento da  auto-defesa, criamos frases afirmativas, defendemos uma postura, e nos posicionamos como uma barreira intransponível. No ato, frases como "eu nunca mais vou..., eu jamais irei..., me blindei de tal forma que jamais...." ressoam em nossas palavras.
Ao analisarmos friamente nossa postura, e se sobre nós mesmos exercermos a "arte da dúvida" compreendemos que tais afirmações em nosso argumento pueril nada mais é que uma ideia fóbica que transita pelo palco psíquico. Nenhum ser humano pode crer que seus pensamentos e ideias são verdades absolutas. Precisamos ter consciência do nosso "eu"  e que o mesmo representa capacidade de escolha, autodeterminação e consciência crítica. Somente uma consciência crítica consegue conviver com a arte da dúvida  e dissolver os dogmas ora criados pela nossa auto-defesa. A melhor auto-defesa que existe é a arte da dúvida e a capacidade de escolhas.
Estas auto-defesa tem o seu lado positivo, por momentos,  nos fortalecem, mas não podemos levá-las como um lema por toda vida. Chega o momento da mesma ser questionada. Capítulos precisam ser encerrados e devemos estar aptos para iniciarmos um novo capítulo e um novo ciclo em nossa efêmera existência.  O palco da vida nos espera. 
Quando criamos um dogma, indiretamente somos controlados por ele. Somente um choque de gestão em nossa consciência psíquica poderá dissipá-lo. Não existe mágica ou outra maneira neste processo de dissolução a não ser pela "arte da dúvida".
Uma experiência ruim  abre uma janela de um filme estressante em nossa mente. Somente reeditando este filme racionalmente que podemos estar prontos para encerrar capítulos, ciclos e iniciar uma nova etapa.
Temos que ter uma auto-defesa, isto é fato. Porém, jamais podemos nos blindar com afirmações dogmáticas. Gosto de chamar este "momento" de "casulo", consequentemente, ao exercermos a "arte da dúvida", o processo de metamorfose acontece, e após este processo, se o usarmos em nosso favor como um aprendizado, quando sairmos do "casulo" teremos nos transformado em lindas borboletas com belíssimas asas para alçarmos voos jamais experimentados.

by Fábia Braga.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Encerrando Ciclos (Fernando Pessoa).

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão..."

Fernando Pessoa.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Partículas I (minhas frases e pensamentos).

"O silêncio é a oração dos sábios. Sabe porque eu amo os Tigres? Porque eles agem no silêncio. Quando vão atacar, sua respiração diminui... Seus passos são sutis... Seu olhar é fixo na presa. Logo, a presa somente sente que foi atacada quando o seu sangue quente começa a escorrer... Sua respiração acaba... Seus olhos fixam em um ponto até encontrar o nada... Enquanto isto... O coração do tigre acelera... Sua respiração se torna ofegante e assim... Ele saboreia a presa ainda viva e quente".


"Equilíbrio é o ponto de controle de qualquer processo de articulação. Quando um Tigre está prestes a atacar sua presa, ele se concentra no foco e mantêm total equilíbrio de tudo que está ao seu redor. Mantêm silêncio. Ninguém o ouve. Ele não se precipita. Espera a hora exata. E na hora exata, ele é ágil e veloz. Nenhuma presa poderá agir proativamente diante de tanta articulação, estratégia, visão. A questão é: Sempre irá existir o momento certo!"


"Foi dito por Maquiavel "A ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela!".N. Maquiavel - Então... temos que pensar nas consequências dos nossos atos. Nossos atos podem abrir feridas ou processos que obedecem a lei do retorno. Na Lei da Física, toda ação tem uma reação. Dependendo da pessoa que brincamos... esta reação poderá ser em cadeia... Pense antes de ferir, enganar ou ser falso com alguém. A Lei da Física é real e já foi comprovada".


"A vida é uma sucessão de batalhas. Tenho que estar pronta. Sempre confiando em Deus. Me preparar. Treinar. Não ter mêdo. Não criar fantasmas. Ser extremamente estratégica. Se necessário, uma muralha. Se necessário, articuladora e controladora. Ter o controle da situação. Agir e não reagir. Jamais vou permitir que um ser humano venha dominar a minha vida e acabar com minha alegria de viver. Sou Feliz... E Pronto. Obrigada Deus... Sou teu bebê... que precisa do teu colo. Ensina-me Oh Papaisinho a viver... Me conduza..."


"Se nós entendêssemos que ninguém deve ser igual a ninguém, nem muito menos deixar de sermos nós mesmos para agradarmos aos outros, não acha que iríamos ser muito mais felizes? Só podemos transmitir coisas boas quando estamos bem e dando o nosso melhor. Do mesmo modo, só podemos amar os outros quando temos amor dentro do nosso coração, não é verdade? Temos que parar de bancar a vítima e assumirmos o que de fato somos."


"Segundo N. Maquiavel - "Toda a ação é designada em termos do fim que procura atingir". Esta premissa é ignorada pelo ser humano. Principalmente pelos egoistas, falsos, infelizes que não pensam nos sentimentos do próximo. É impossível colher figos se foi semeado sementes de amanitas (planta mortífera). É uma lei natural. Depois as pessoas reclamam de Deus. A Bíblia, a ciência, o universo, as leis estão ai. Meu amigo, se vc semeou na vida de alguém amanitas... aguarde... as consequência da ingestão. Sentimento inicial de um leve desconforto, não há um início repentino da dor. Haverá alguns breves intervalos de inconsciência que ocorrem entre longos períodos de lucidez antes de cair em um coma seguido de morte. Plantou feridas, falsidade, mentira... A amanita te aguarda! Quer um conselho... Não adianta somente pedir perdão a Deus. Tem que ter coragem e pedir perdão para quem vc feriu. Ai sim, irá prevalecer a Lei do Perdão que acaba com o veneno das Amanitas, porque quando vc interiorizar a humildade, Deus irá perdoá-lo".


by Fábia Braga.

VIDA, partículas de INSTANTES.

Desde criança, tenho uma grande admiração pelo "ser humano" como um todo. Sempre procurei entender a complexidade deste ser e decifrar suas inexplicáveis atitudes. Uma das coisas que mais observo no ser humano, é que o mesmo não sabe valorizar sua existência e compreender sua complexidade. Muitas vezes, o ser humano  não sabe se relacionar com ele mesmo. As pessoas entram em depressão, devoram livros de auto-ajuda e deixam a racionalidade e simplicidade do seu ser de lado. Geram dificuldades para a sua efêmera existência em vez de usar a racionalidade e a lógica para simplificá-la.

Até a descoberta do Próton e do Elétron, e posteriormente do Nêutron, o átomo poderia ser considerado a menor partícula que forma qualquer matéria. Parafraseando com o que vou discorrer mais a frente, em 1803, o  físico e químico inglês John Dalton  definiu o átomo como uma pequena esfera com massa definida e propriedades características. Logo, todas as transformações químicas poderiam ser explicadas pelo arranjo de átomos. Toda matéria é constituída por átomos, estes, são as menores partículas que a constituem e não podem ser transformados em outros nem mesmo durante os fenômenos.

Obviamente que não vou falar de átomos, mas sim, de INSTANTES... Nossa vida, é formada por pequenas partículas indivisíveis chamadas de INSTANTES.  A vida, seja ela como for, em suas propriedades características é formada por INSTANTES. Nossas atitudes definem estes instantes e suas propriedades características é que vão inferir diretamente no aglomerado de instantes chamado VIDA. Um instante, após ocorrido, não pode ser transformados em outros, eles ocorrem e ponto. Um instante não vivido com intensidade é um instante morto.

Por vezes perdemos a essência da vida por não darmos a importância devida aos instantes que a forma. INSTANTE não é algo simples de ser explicado, tem seu grau de complexidade intangível. Mesmo com a complexidade de explicação, o mesmo tem uma simplicidade para ser vivenciado. São os instantes que dão forma a nossa existência.

Já a tempos, gosto de observar cada instante que vivo. Procuro extrair o melhor de cada instante. Nem todos os instantes são prazeros, mas temos que compreender que são os instantes que nos ensinam e nos preparam para  vida. Os instantes de aprendizado (aqueles que não gostamos de viver) quando não absorvidos como um mecanismo de crescimento, acabam gerando doenças psicossomáticas. Doenças estas que poderiam ser evitadas se déssemos a devida importância ao que estamos vivendo e extrairmos conhecimento e aprendizado.

Certa vez Pablo Picasso disse que "A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos". Isto é verdade, alguns abandonam sonhos, deixam de viver com intensidade e não entendem que aquilo morreu. Uma morte que poderia ser evitada. Algo que se fosse simplificado se tornaria em um momento de aprendizado. Temos que ressuscitar nossa coragem, força de vontade, sonhos DIARIAMENTE.

A vida sofre transformações. A matéria em si sofre transformação, mas como  disse Ruben Alves "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses". A questão não é somente sobreviver, o cerne da questão está em SABER VIVER.

Muitos perdem tempo procurando problemas, enxergando o que não existe, criando os seus próprios fantasmas, desenvolvendo a capacidade de ser vítima do mundo. Pergunto: Pra que? Isto não leva a nada. De fato, a vida não nos permite perder tempo. Quem perde tempo, não vive, sobrevive! Não estamos aqui para sobreviver, mas sim,  para viver.  Por incrível que pareça, tem uma frase de Darwin que me chama a atenção "O homem que tem coragem de desperdiçar uma hora do seu tempo não descobriu o valor da vida". Logo, não devemos perder tempo com o que não nos gera valor. Temos que usar nossa vida para agregarmos valor à nossa existência. Temos que saber que tudo que fazemos em vida ecoa pela eternidade.

Para concluir este tópico, vou citar  uma frase de Chaplin onde disse: A vida é a única peça de teatro que não permite ensaios.


Desejo a todos que VIVAM e que não SOBREVIVAM. Otimizem suas partículas chamadas de INSTANTES. Use - as de uma maneira racional em benefício de sua existência.

by Fábia Braga.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cogito, ergo sum

No mundo atual, encontramos pessoas doentes e que se sentem vítimas da realidade. Quando não há problemas, o ser humano em sua criatividade, tenta criá-los, até mesmo para chamar a atenção. Criaram-se vários nomes para dar mais complexidade e atenção a algo que pode ser resolvido de uma maneira simples.

Existe uma necessidade de seguir os padrões impostos pela sociedade e esta necessidade somente pode ser aceita, administrada ou recusada, a partir do raciocínio lógico. A lógica tem sido abandonada no canto do palco da existência, e no lugar desta, os  livros de auto ajuda impõe o "ser emocional" como ator principal. Não estou criticando os livros de auto-ajuda. Estou chamando a atenção à necessidade da aplicação lógica para sobrevivência do ser humano. Estou chamando a atenção para quem deve estar como ator principal no palco da existência, o nosso "eu" alicerçado em pensamentos saudáveis. 

É no Pensamento que articularmos nossas idéias que irão dirigir nossas ações.  O pensamento é uma atividade mental associada com o processamento, a compreensão e a comunicação da informação. O pensamento nem sempre pode resultar em uma ação. Tudo o que fazemos pensamos, mas nem tudo que pensamos fazemos. 

Em seu "Discurso do Método", René de Descartes escreveu a célebre frase (Cogito ergo sum) - "Penso,  logo existo". Descartes pretendia fundamentar o conhecimento humano e para isto, colocou em dúvida todo conhecimento aceito como correto e verdadeiro. Ao colocar em choque os conhecimentos, concluiu que apenas poderia ter certeza do que duvidava. Se duvidava, necessariamente era porque pensava, se pensava, oras, era porque existia. Por meio de um complexo raciocínio baseado em premissas e conclusões logicamente necessárias, Descartes então concluiu que podia ter certeza de sua existência porque pensava.

Sem dúvida o pensamento é uma argumentação lógica perfeita que Aristóteles chamou de Silogismo.

Quando não nos sentimos bem em relação a algo que logicamente nos incomoda, podemos questionar em nosso pensamento da necessidade deste "ponto nevrálgico".  Questionando com racionalidade, podemos com racionalidade rejeitá-lo. Se nossa mente (no pensamento) der um comando de rejeição, nossas atitudes irão seguir este comando. Logo, iremos nos desvencilhar de algo que nos faz mal.  Parece complicado? Não. É a simplicidade da vida. A vida é simples. Nós que a complicamos.  Procuramos livros e teorias para complicá-la. Precisamos entender o quanto é fácil termos "domínio próprio" uma vez que o mesmo tem como fato gerador "os nossos pensamentos". É uma questão de um exercício diário.  É uma questão de choque de gestão em nossos conhecimentos e nos "coisas" que nos são impostas como "verdadeiras".

O ideal é sempre aplicarmos a "arte da dúvida" em relação a tudo que nos incomoda. Desta forma, em nosso recôndito, iremos tomar sábias decisões para recusar o que nos faz mal e nos aproximarmos do que nos agrega valor. 

Penso, logo existo.  Não é uma questão de opção, mas sim, de necessidade.

by Fábia Braga.